segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Um pouco mais de mim

Nascida em Santos tive uma infância muito boa, adorava brincar de futebol, bola de gude, andar de bicicleta. Claro que amava brincar com minhas bonecas também, maquiagem (nossa) rsrs.


Aos 7 anos mais ou menos tive uma doença chamada escarlatina e que me deixou muito debilitada, fiquei algum tempo pele e osso. Essa doença causa uma dificuldade para engolir alimentos. Quando estava curada, eu quase não comia e claro minha mãe me levou ao pediatra que mandou tomar vários remédios para abrir apetite, daí vocês já imaginam onde parou essa história. Claro que anos depois briguei incontrolavelmente com a balança.


Enfim, sempre fui uma garota que as pessoas rotulavam de "cheiinha", coisa boba de pessoas que têm preconceito. Cheiinha, não, sempre fui gorda. Assumo que nem sempre me aceitei assim. Vivia me torturando com regimes, fórmulas milagrosas que médicos me mandavam tomar, exercícios (pouco, muito pouco). 


Claro que da dieta sempre dava um jeito de escapar um dia sim, outro também (quem nunca fez isso?) Academia (Ah hoje não estou bem, ou, estou muito cansada) paguei anos e anos sem nem pisar. Fórmulas, ah nessas eu acreditava piamente, até que um dia comecei a passar mal, literalmente, pronto bastou para ser terminantemente contra.



Formada em Turismo, e no mercado a mais de 16 anos, descobri uma grande paixão, Hotelaria, porém com os salários todos sucateados não é possível mais trabalhar nesse ramo, infelizmente.



Um belo dia, meu primo resolveu me apresentar um amigo, e começamos a namorar, e resolvemos casar, foi tudo muito rápido. A loucura que meu marido tem por mim (do jeito que sou, sem ter que ficar fazendo dietas loucas, nem nada) me fez repensar toda essa vontade de ser magra, custe o que custar.



A 3 anos decidimos engravidar, pois achávamos que estava na hora. Paramos de fumar, fizemos academia, entramos no clima de uma alimentação saudável. E assim foi, foram os 3 meses mais mágicos da minha vida. A maior emoção que a mulher pode ter é ouvir o coração do bebê. Mas infelizmente, não era pra ser. Sofri um aborto espontâneo, tive que fazer curetagem. Enfim, resolvemos não ter mais filhos.


A sociedade acaba impondo algumas atitudes às mulheres e aos homens. "Minha filha quando casar, vai ter filhos...". E nós nos encontramos em situações difíceis. Minha pergunta é: Precisamos mesmo ter filhos para sentir-nos realizadas? Cada uma vai responder de um jeito, no meu caso, não. Descobri que na rotina do meu casamento, por exemplo, não encontramos lugar para mais um ser. Nos completamos, gostamos de ficar em casa, jogar on line, vídeo game, cinema, dormir até tarde. Adoro crianças, mas honestamente, gosto mais quando vão embora.


Essa sou eu fazendo careta no sushi com alguns amigos e meu maridão, aos poucos vou postando mais fotos e conversaremos mais.




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